sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Carta para um amigo


Eu nunca te contei o quanto você me magoou, eu não sei se isso aconteceu por ser meu jeito de não demonstrar emoções ou se foi pelo fato que eu queria que você pensasse que estivessemos bem. Nos afastamos, querendo ou não, sabíamos que aquilo que aconteceu, mesmo não sendo verbalizado, nos separou, foi uma guera silenciosa que nenhum de nós falou, tocou no assunto. 

Era uma situação estranha, mas estranho mesmo era não saber o que fazer. Nos afastamos, respiramos fundos e nos perdemos. É engraçado como são as amizades, nos dedicamos a ela a vida toda e por um erro de uma das partes, nos separamos sem olhar para trás. Mas sempre que isso acontece com um irmão ou irmã que tem laço sanguineo , nos obrigamos a olhar para trás e reparar a situação, a perdoar, a conviver mesmo contra a vontade. 

Vivemos compartilhando que "os amigos são a família que nós podemos escolher", mas quando a coisa aperta, quando não há mais sorrisos, quando há apenas erro, nos recolhemos, abandonamos e seguimos em frente sem olhar para trás. Por conta do orgulho, por conta da raiva ou por sabe se lá  por quais inúmeros motivos que isso possa acontecer, deixamos quem gostamos pelo fato de que não conseguimos perdoar e  com a certeza de que vamos encontrar amizades melhores pela frente. 

Mas nos esquecemos que nenhuma amizade está isenta de erros, frustações, por isso, fico feliz que apesar da mágoa e de todo o ressentimento, nós voltamos a ser amigos. Superamos tudo que passou e voltamos a ser melhor do que fomos um dia, pois alguma amizades não são iguais a cristais quebrados que nunca mais voltam ao normal. 

Com carinho sem vergonha, 
Lua

{Texto escrito para um sentimento escondido}

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